A infecção causada pelo CORONAVÍRUS cientificamente denominada SARS CoV 2 (SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE PROVOCADA PELO CORONAVÍRUS 2) pode não ter nenhum sintoma ou variar de sintomas leves até uma doença muito grave algumas vezes evoluindo para óbito. A apresentação clínica que a maioria das pessoas espera que aconteça é um quadro de febre, tosse e dificuldade para respirar. Já ficou também conhecida pela população a diarreia que ocorre muitas vezes no início da doença, a perda do olfato, a fadiga. No entanto, a prática clínica tem mostrado aos médicos como a doença pode variar muito de um indivíduo para o outro e é importante que todos estejam atentos à todas as possibilidades de sintomas.
Os sintomas da COVID-19 podem se desenvolver num período muito longo após o contato com o vírus: entre o segundo e o décimo quarto dia depois do contágio. Isso é importante e muito grave porque após um evento no qual a possibilidade de contágio existe, uma pessoa pode carrear o vírus sem saber por até duas semanas e infectar outros mesmo estando sem nenhum sintoma. Portanto, é necessário atentar para todos os sintomas a seguir, mesmo que muito leves e passageiros:
- Febre e/ou calafrios
- Tosse
- Dificuldade para respirar ou sensação de “aperto no peito”
- Fadiga
- Dor muscular/dor nas costas/dor lombar
- Dor de cabeça
- Perda do olfato e/ou paladar
- Dor de garganta/sensação de queimação na garganta
- Congestão nasal/ardência dentro do nariz/coriza/espirros
- Enjoo/vômito/diarreia
- Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos)
A partir dessa extensa lista de sintomas que podemos encontrar em qualquer outra doença respiratória é possível perceber que hoje todo e qualquer desses sintomas a princípio deve ser considerado suspeito e, o paciente deve ser testado. A curta experiência com essa doença tem ensinado aos médicos a valorizar qualquer queixa respiratória por mais leve que seja, pois, uma parte significativa dos pacientes, principalmente aqueles mais jovens e mais saudáveis, terão apenas um sintoma a relatar, dois talvez. Febre não é obrigatório, pelo contrário, muitos se infectam e não terão febre nunca. Nem todos os pacientes, tem tosse ou dificuldade para respirar. As crianças infectadas pelo SARS CoV-2 muitas vezes só apresentam sintomas digestivos: náusea, vômito, diarreia. Nem todo paciente com COVID-19 terá perda de olfato, ainda que esse sintoma tenha ficado muito conhecido de todos.
É evidente que as outras doenças respiratórias de origem viral ou não continuam fazendo parte de nossas vidas mundo afora, mas nesse momento ter a certeza de que não se trata de COVID-19 irá proteger sua vida, já que uma vez diagnosticada a doença e bem acompanhada por um médico qualificado o risco de complicações mais graves é reduzido. Da mesma forma, as pessoas com as quais você tem contato também serão protegidas, pois mesmo doentes com sintomas muito leves podem infectar indivíduos com saúde mais frágil que terão formas grave com risco de morrer inclusive.
Ao final se espera que a mensagem seja clara: se você ou algum de seus familiares apresentar qualquer, qualquer um mesmo desses sintomas listados, saiba que a possibilidade da infecção pelo coronavírus precisa ser considerada e se possível descartada. Se achar que está com aquela rinite que todos os anos aparece, uma amigdalite comum, a mesma dor de cabeça de todas as sinusites que já teve no passado, aquela tosse que vez por outra perturba,
NÃO FIQUE ESPERANDO PASSAR! PROCURE SEU MÉDICO. A COVID-19 AINDA NÃO TEM TRATAMENTO ESPECÍFICO EFETIVO. O ACOMPANHAMENTO E AS MEDIDAS SINTOMÁTICAS, DE SUPORTE E VIGILÂNCIA CLÍNICA PARA O INFECTADO CONTRIBUEM PARA UMA EVOLUÇÃO BENIGNA DA DOENÇA.
